20 de Abril de 1961. Portugal sofre uma pesada derrota diplomática na Assembleia Geral da ONU, onde, aproveitando os acontecimentos que se estavam a desenrolar em Angola, é aprovada uma moção respeitante à administração de Portugal naquele território. A dimensão da derrota prendia-se menos com o teor da moção, desfavorável à conduta portuguesa mas de qualquer forma inconsequente, do que com o resultado da votação, em que Portugal (que não quisera participar no debate) recebeu apenas o apoio de 2 países: a Espanha e a África do Sul. Abstenções haviam sido 9, incluindo o Brasil e os principais países da Europa Ocidental, casos do Reino Unido, da França, da Bélgica e da Holanda. Mas assumia um significado substancial o facto dos Estados Unidos também terem votado favoravelmente a moção. Uma moção que se revestia de uma abrangência muito superior ao carácter «afro-asiático» como ela é descrita pelo cabeçalho do Diário de Lisboa - aprecie-se o mapa abaixo com o sentido do voto dos países europeus. A Europa de Leste votou a favor como previsível, o Norte da Europa também, mas também aparecem algumas surpresas de aliados da NATO, como a Itália ou a Grécia.
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