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O primeiro ICBM operacional foi o R-7 soviético (acima), que se tornou famoso não como arma de guerra, mas no campo da astronáutica, a partir de versões adaptadas que o tornaram no veículo lançador tanto do primeiro satélite artificial (Outubro de 1957) como do primeiro voo tripulado (abaixo, Abril de 1961). Sendo um sucesso científico, verificou-se – um segredo bem guardado à época! – que o R-7 era um fiasco do ponto de vista militar.
É que a arma que fora concebida para (evitar) causar o Apocalipse (abaixo, a cena final do filme Dr. Strangelove) precisava de cerca de 20 horas de preparação prévia antes do lançamento para enchimento dos depósitos e não podia ser deixada nesse estado de prontidão mais de 24 horas consecutivas por causa do efeito corrosivo do combustível sobre o metal. A demora em a accionar tornava-a vulnerável a qualquer ataque preemptivo¹.
Passaram-se 50 anos e ainda bem que a Guerra-Fria acabou e as nossas preocupações com o Holocausto nuclear desapareceram com ela, porque quando se observa tanto a mobilidade como a versatilidade de lançamento de um míssil RT2 – PM Topol russo moderno (abaixo – entretanto os mísseis norte-americanos também passaram pela mesma evolução...), fica a sensação que o Holocausto de hoje chegar-nos-ia como um estalar dos dedos…
¹ Encontrei numa ligação a propósito da expressão um bom exemplo de como quem se propõe esclarecer dúvidas de português tem de perceber doutros assuntos que não só o português. Ao contrário do que lá está sugerido, um ataque preemptivo é conceptualmente diferente de um ataque preventivo. A substituição de uma expressão por outra é, portanto, um disparate.
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