![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOy6_N4RXkePjfKLE82D-7VY0IBdZD3TdAf50LfEfyGFlbtAw3AaSQzss5kDjEZnoSux7Svg6HRLULbm7nHcpBNBAlMJF6xl0rRB6O2TKXSiUDbZER5MzzEGIf5h7gtbpKColR/s320/DouglasMacArthur4.jpg)
Com os filmes recentes de Clint Eastwood (
Flags of Our Fathers e
Letters from Iwo Jima), parece ter-se reacendido algum interesse pelos acontecimentos do Teatro de Operações do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. Tratou-se de uma Guerra quase à parte, onde o denominador comum com os outros acontecimentos simultâneos na Europa, no Norte de África, no Mediterrâneo e no Atlântico é bastante ténue. As fases mais decisivas desta Guerra do Pacífico travaram-se entre as Forças Armadas dos Estados Unidos e do Japão e, para a sua condução estratégica, as maiores disputas travaram-se entre os Exércitos e as Marinhas de cada um dos lados.
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A grande questão estratégica que se colocava aos norte-americanos era o da rota dos locais de apoio que teriam de ser conquistados até à invasão e derrota do Japão. A Marinha e o Almirante Nimitz preferiam a rota das pequenas ilhas dispersas no meio do oceano, enquanto o Exército e o General MacArthur optavam pela das grandes ilhas (Nova Guiné, Filipinas, Formosa) existentes nas suas bordas. Enquanto na Europa a disputa era feroz, mas sobretudo política, e o Presidente Roosevelt se deixava fotografar sorridente entre os aliados Churchill e Staline, no Pacífico a disputa parecia ser técnica, mas não era menos feroz, e o mesmo Roosevelt aparecia aqui retratado, também apaziguador, entre os subordinados MacArthur e Nimitz.
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A postura dos dois oficiais na fotografia de cima, até na forma como cruzam as pernas, não engana sobre qual deles seria o mais fotogénico e, por extensão, o mais preocupado com a questão das relações públicas. A fotografia de baixo, porventura a sua mais famosa, em que MacArthur se deixa fotografar com água pelo joelho, adiantando-se aos que o acompanhavam, quando desembarcavam numa praia das Filipinas é de uma sofisticação de vanguarda para aquela época, quando se pensa na promoção de um chefe militar. Sabe-se hoje que a fotografia foi encenada, numa repetição do que acontecera no dia anterior – onde MacArthur
tivera verdadeiramente de andar pela água por causa do calado da Lancha de Desembarque que o trouxera.
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Ainda hoje se percebe como quase todas as fotografias de MacArthur são pensadas e cuidadas, como a que encima este
poste, onde usa um cachimbo de carolo de milho, um verdadeiro símbolo da América rural e que lhe granjeava uma enorme popularidade como pessoa de gostos simples e que ficou associado para sempre à sua pessoa. Simplesmente, segundo os relatos, na intimidade MacArthur preferia fumar charutos… Nos raros instantâneos que dele existem, MacArthur (à direita) torna-se quase irreconhecível na sua espontaneidade, onde não lhe falta uma ridícula risca (muito) ao lado, daquelas usadas pelos calvos na sua fase de negação…
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Mas, embora Nimitz não fosse pessoalmente um amigo das encenações como o era o seu grande rival (que acabou por o suplantar em notoriedade após a rendição do Japão), o mesmo não acontecia com as forças sob o seu comando, como acontece com a imortal fotografia com os fuzileiros
alçando a bandeira norte-americana no Monte Suribachi* em Iwo Jima**. A fotografia, de todos conhecida e que se tornou o símbolo da vitória norte-americana no Pacífico, senão mesmo para toda a Segunda Guerra Mundial, foi tirada a 23 de Fevereiro de 1945. O final dos combates deu-se em 26 de Março de 1945. Aquela fotografia de vitória foi tirada um mês antes do fim da batalha…
* Suribachi é a palavra japonesa para almofariz. ** O desembarque em Iwo Jima (ilha no centro do mapa) foi uma operação da responsabilidade da Marinha norte-americana sob o comando de Nimitz.
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