Não sei se as pessoas, quando assistem à milagrosa cena da fonte de vinho do filme O Pátio das Cantigas (acima), se dão conta que o remate da cena acaba por ser dado por António Silva que nela nem participa directamente¹: num fim de refeição, ele, que é afinal o verdadeiro lesado pelo milagre do vinho palheto que decorre no pátio, enreda-se por sua vez num cerimonial epicurista de auto-congratulação:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnXM5G8Yrf8e5r9KCZmrEv8mEsX39-ZxgsvkW6GXw1OkJtZtvfmeL0XtLCfiKZq_3nfREKXBiGLnex490AOKiRNZWom1kwSdUtQIeVHHhNHMLmd8KymPHnd8_1gqqmx_kf17DWoQ/s400/Deste+J%25C3%25A1+N%25C3%25A3o+H%25C3%25A1+Mais.bmp)
Acontece que a última frase (Deste - ou disto - já não há mais!), pronunciada com a veemência que é ali empregue por António Silva, será um excelente título para algumas fotografias que vou encontrando por aí e que, sendo características de épocas passadas, só se tornam compreensíveis pela lógica da época em que foram tiradas. Anuncia-se assim um punhado de fotografias de época numa série intitulada Disto Já Não Há Mais!
¹ Quem transpôs a cena para o vídeo de Youtube que usei também não se deu conta certamente da sua importância, pois cortou-a.
E a seguir à deixa do António Silva, volta-se à cena no pátio. A fonte termina de jorrar e o Vasco Santana repete: "Olha, não há mais..."
ResponderEliminarPois, o Narciso é mais um homem do povo, pouco dado a filosofias, ele é mais constatações.
ResponderEliminarE a sua deixa tipicamente lusitana já fora dita anteriormente, com aquele:
- ...e eu ralado: os canos não são meus!