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António Marinho Pinto
foi reeleito Bastonário da Ordem dos Advogados. Que a sua vitória tem um forte conteúdo pessoal percebe-se pelo facto de, tendo ganho claramente com 46% dos votantes a sua disputa eleitoral para aquele cargo, a lista sua aliada que concorria para o Conselho Superior da Ordem acabou sendo derrotada. E o
destaque dado por jornais como o Correio da Manhã a este ultimo aspecto das eleições apenas realça quão
indigesta terá sido a sua reeleição junto de alguns
estômagos mais sensíveis (abaixo)…
É engraçado acompanhar o percurso e a crescente projecção mediática de Marinho Pinto, quando comparado com outros
vultos do corporativismo nacional, que se tornaram, como ele, presenças regulares da televisão – como Pedro Nunes (Médicos), João Palma (Magistrados do Ministério Público), João Cordeiro (Farmácias), José Manageiro (GNRs), António Martins (Juízes), Hélder Silva (Pilotos), Ferraz da Costa e Francisco Van Zeller (patrões em geral) ou Carvalho da Silva e João Proença (trabalhadores em geral).
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Adoptando um estilo genuinamente populista durante as suas aparições televisivas, Marinho Pinto parece ter adquirido uma aura de simpatia junto de uma certa faixa da sociedade que excede em muito a classe profissional que representa. Para isso, produz afirmações evidentes – que o
Caso Freeport era uma aberração jurídica que só se sustinha por causa da possibilidade de associação de José Sócrates ao assunto ou que a própria classe também devia punir os seus próprios
escroques como João Vale e Azevedo – ou…
…engaja-se em combates televisivos contra aqueles que serão percebidos do outro lado do ecrã como poderoso(a)s e abusadore(a)s desse poder, qual
Robin dos Bosques mediático (acima). Embora não exista qualquer sondagem sobre a popularidade de Marinho Pinto, parece que o estilo lhe granjeia francas simpatias, pelos menos as suficientes para o destacar dos outros
protagonistas corporativos. Suponho que este resultado deva ser motivo de reflexão para
aqueles que tratam da imagem dos nossos
políticos de ponta.
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O sucesso do populismo de Marinho Pinto é a demonstração que os mecanismos desse fenómeno vão muito para além da
imagem e que ele não pode ser substituído pelas trivialidades tontas que costumamos ver associadas tanto a José Sócrates como a Passos Coelho. Em concreto, não se faz a mínima ideia onde Marinho Pinto
passa as férias,
se faz jogging ou prefere
cantar nos seus tempos livres,
se é poupado ou gastador, quais
as prendas que irá dar no Natal ou se alguma vez já
deixou de fumar depois de ter sido recriminado…
Excelente post. Na verdade Marinho e Pinto, populista ou não, é visto como alguém que não tem qualquer problema em dizer o que pensa, em ser coerente e em defender as suas ideias, independentemente das antipatias que pode desencadear. Vão escasseando pessoas assim.
ResponderEliminarO líder da Fenfrop ficou de fora de propósito?
ResponderEliminarSegundo li hoje a sic está em nogociações com uma senhora que Marinho e Pinto deixou a falar sozinha. Ou seja, se calhar também se aconselha com agências de pouco gabarito!
Digo eu....
:)))
O líder da Fenprof ficou de fora por «excesso de quorum», o mesmo excesso que impediu a inclusão da Avoila e do Picanço, por exemplo, nomes que só agora me ocorreram.
ResponderEliminarQuanto à senhora de que fala Maria do Sol, a confirmar-se o interesse da SIC nos seus préstimos, já a adivinho a reunir-se a Mário Crespo e Medina Carreira num programa baptizado "Plano Quase na Vertical", que terá tanto a ver com informação ponderada como a semelhança existente entre o boxe e o «wrestling»...