![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4xSeDs6unJiULBOzmHSyGU1QeGYTnf0iHlY4Yrh9jmvS7MZpEmR5Ho1wg7UrsPE8abdmJ4p8uxBKu5zL3wgfSGzPGqZMisz9bWBErM9jngfKtX0bMvUJx70R4DBLNhl4uzrrqVw/s400/Vozdocidadao1.jpg)
Ontem tive ocasião de assistir ao programa do provedor do telespectador da
RTP a respeito das queixas entretanto recebidas sobre o protagonismo desmesurado que foi dado por aquela estação a Carlos Cruz a pretexto da leitura das sentenças do Caso Casa Pia. A resposta a essas críticas, que foi dada pelo Director de Informação José Alberto Carvalho, assentou na mesma argumentação que também se pode ler na carta a ele atribuída que endereçou entretanto ao Provedor, Paquete de Oliveira,
carta essa que pode ser lida aqui.
Nela, o Director de Informação da
RTP reconhece que: (…)
recordamos que procuramos ouvir sistematicamente diversos agentes envolvidos no processo - vítimas, advogados de acusação, magistrados judiciais e magistrados do Ministério Público, acrescentando que alguns intervenientes não quiseram, a título pessoal, ou não puderam, a título profissional, intervir no debate. Todavia, ele conclui que, mesmo assim,
tal constatação não pode significar que a recusa de alguns leve ao silêncio de outros por si só.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBCFT-hk1Wp4DvWG7IfJj7XlR457xAMcMf67wxkX0UfTGD1amS3khf6yDVN0R4R2msgNGKsLMf6P_v9aWX9SIf1ysUySlNML4GDvG_ReJIhf7Q5qHIny27TjGjhLlt1aCoKcggzA/s400/Jos%C3%A9+Alberto+Carvalho.jpg)
Ou seja, nem por um momento José Alberto Carvalho terá posto a hipótese que a ausência forçada de algumas partes – para ele parece ser uma questão de
silêncio v.
barulho... – pudesse hipotecar significativamente a apresentação equilibrada do assunto em discussão e, como tal, nem terá pensado em adequar os seus calendários jornalísticos ao aparecimento da informação mais equilibrada – em concreto, depois da análise da sentença que tardava em sair… Se fosse entretenimento dir-se-ia:
The Show Must Go On…
Só que José Alberto Carvalho
é Director de Informação e não de Programas Recreativos… Ora confundir
temas do momento com assuntos que deviam ser de
reflexão paga-se no longo prazo desgastando o capital mais valioso que se possui em
Informação – a
seriedade. Valha a metáfora, os temas para reflexão são para ser tocados como um violoncelo, que sempre foi considerado um instrumento de música de câmara. Torna-se ridículo tentar tocá-lo,
como fez Woody Allen, desfilando na banda filarmónica…
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