Nas análises estratégicas globais é costume avaliarem-se as condições em que podem ser exercidas as técnicas de intervenção no sistema por parte dos vários agentes em relação aos seus pares. Normalmente reconhece-se que os actores principais têm a capacidade e possibilidade de poder exercer esses poderes em situações muito mais vastas do que os restantes. E a esses grandes actores, quando estamos a tratar de países, designamos por potências.
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Muito mais subjectiva e imbricada no próprio sistema de influência e intervenção é a componente que se pode designar por credibilidade. Está dependente do perfil dos protagonistas e é um assunto muito actual devido às personalidades dos detentores actuais do poder nos Estados Unidos (Bush, Cheney, etc…). Mas, por uma vez, exemplifique-se este conceito da credibilidade utilizando um exemplo que não seja daqueles soturnos do costume quando se trata dos assuntos de estratégia.
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Dá para adivinhar como Herman José mudou logo rapidamente de assunto… Não haveria muitas pessoas que, naquelas circunstâncias, tivessem o à vontade em frente às câmaras e o descaramento para exporem aquilo que afinal poderia ser uma revelação apenas para parte da audiência, mas havia a convicção que Manuel Serrão seria uma das pessoas capazes de o fazer… Ora é essa convicção que eu designo por credibilidade, que neste caso funcionou como um mecanismo de dissuasão eficaz por parte de Manuel Serrão.
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É que, por exemplo, por muito que ele (Bush) prometa bombardear o Irão se continuar o processo de enriquecimento de urânio (e ainda pode fazê-lo), a comunidade internacional reage sempre como se não acreditasse que o fosse fazer…
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