24 de Abril de 1970. Lançamento do primeiro satélite artificial pela China. Já aqui contei a história do acontecimento, que contém requintes do mais puro kitsch marxista-leninista vermelho-amarelo (por contraste com o kitsch marxista-leninista vermelho-vermelho russo). A ideia peregrina de pôr o satélite a retransmitir infindamente os primeiros acordes do hino «O Oriente é Vermelho» nunca cessou de me maravilhar... O documentário acima tem seis minutos e meio e não desmerece o padrão estético que então embevecia tantos intelectuais portugueses da geração de (19)70.
Na qualidade de ex-maoista, não sei se verdadeiro, agradeço a lembrança da efeméride. Continuo a não gostar das fardas, mas ainda gosto do início de O Oriente é Vermelho. E até sei a letra, pelo menos as primeiras quadras.
ResponderEliminarO que me intriga no seu comentário é aquela passagem em que refere que «continua» (e aqui o verbo continuar é muito significativo) «a não gostar de fardas»... Então os macacões Mao são o quê?
ResponderEliminarOu nunca gostou dos macacões Mao? Se foi assim, nunca foi um bom maoista...
É muito simples: não gosto de fardas, nem dos macacões Mao, nem das que eram desenhadas pelo Hugo Boss.
EliminarPor isso, por não gostar dos macacões nunca tenha sido um verdadeiro maoista. Mas já estamos a discutir teologia.
Compreendido. Era apenas uma laracha, minha. Espero que goste de ver isto que outrora aqui publiquei neste mesmo blogue: https://herdeirodeaecio.blogspot.com/2009/03/o-oriente-era-vermelho.html
EliminarIndependentemente da sua fé de outrora, espero, ao menos, que tenha boa voz e ouvido musical, porque aquele hino quando é cantado por quem os não tem (voz e ouvido) e por causa das invulgares variações de tons, soa medonho.