A 12 de Março de 1955 morria Charlie Parker (1920-1955), saxofonista de jazz e que era já então um dos intérpretes incontornáveis daquele género musical. Reza uma história, de que hoje não é possível verificar quanto é fidedigna, que ele assistia a um programa de televisão onde aconteceu algo que lhe provocou um tal ataque de riso... que se ficou. Mais sóbrio e suportado documentalmente é o facto de que Charlie Parker, que ainda não completara 35 anos, era um heroinómano e um alcoólico e que o seu estado geral era tal que o autor da autópsia lhe deu no relatório, pela aparência, uma idade entre os 50 e os 60 anos(!). Sendo um daqueles ídolos ao gosto dos valores da segunda metade do Século XX, dos que viveram com intensidade e morreram prematuramente, é contrastante a discrição da notoriedade posterior da sua carreira e morte* quando comparada, por exemplo, com a do actor James Dean que se deu apenas seis meses depois. Abaixo o clássico Summertime de George Gershwin transformado noutro clássico pelo saxofone de Charlie Parker.
* Assinale-se uma excepção a essa discrição que recordo: a da personagem da stripper representada por Paula Prentiss no filme What's new, Pussycat? que era na verdade uma poetisa que tinha de se despir para ganhar a vida e que declamava poemas ao genuíno estilo da beat generation. Um deles era:
One, two, three, four...
Who killed Charlie Parker?
You did it, you rat!
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