Ao ter remetido no
poste abaixo para uma receita para
osso buco, lembrei-me de uma das mais famosas receitas da Antiguidade. Foi uma criação de Astérix durante uma aventura dele e de Obélix que decorre em Roma (
Os Louros de César) e trata-se de um prato que, curiosamente, e ao contrário dos exemplos do
Bacalhau à Gomes de Sá ou do
Lombo Chateaubriand, acabou por não ser atribuido o nome do seu criador.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtCzfA8WAZJZJOQ1L65ESAv0uN5KwgSBMaWiaOfELaaf5g8D8RDAqDgAEJI1TSGYHkCXQFwyqVWwjVV1i4x1L2dWFfxAbALTRf-6n2dHr0r3RiEPN-quvR5X7_vLY59TlkdT-a/s280/Ast%C3%A9rixLourosdeCesarReceita.JPG)
Devido à profusão de ingredientes (veja-se acima a receita), acaba por tornar-se um prato dispendioso, embora seja de uma simplicidade infantil de confeccionar: despeja-se tudo para dentro de uma panela com água a ferver, mesmo a galinha, que vai com as penas e tudo! Depois mexe-se e está pronto a servir. Consta tratar-se de um prato
pujante, para apreciadores genuínos e tem a reputação de curar instantaneamente qualquer ressaca.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkid2gSx43UlrKp8YsYAeVlmEPNeuwhhPyRCDD22o5TdpDpE_UKOXWilCobx9Jc8oWNbFT03WoRwUJfsl-07VOqeBqmX6_gSBZ4_DWUYZKXbNoOCCmSuZCGp2ycWWSHCmCLbj5/s280/Ast%C3%A9rixLourosdeCesarProvador.jpg)
Se podemos considerar Astérix como um
longínquo antepassado da tradição da cozinha francesa, podemos considerar Obélix um
longínquo antepassado da tradição da crítica gastronómica desse mesmo país que estabelece como axioma – veja-se para exemplo
a classificação ridícula das estrelas do Guia Michelin – que todos os pratos que forem concebidos fora do seu país – neste caso, em Roma – serão de qualidade inferior…
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