![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdJQdJfRZjsb8Kg72x0sOEqkPYIuJGog9BniDXbyj89oeZKc9sJTGrcboXisxSfYCi4YXkID0rcDJaod4-RubfDNazR5uB5H8zeU9-F466j7w6naFgIAf_hVmZyuyeA1TYVtbL/s320/JHSaraiva.bmp)
Não deixa de ser simbólico e significativo que, no concurso dos Grandes Portugueses, o próprio José Hermano Saraiva se tenha vindo a classificar num honroso 26º lugar, sem dúvida a enaltecer a sua figura enquanto percursor no panorama áudio visual da história-espectáculo. Porque vale a pena relembrar aos mais saudosos e mais esquecidos que a sua estreia televisiva data do tempo em que a televisão fazia serviço público.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiofL7tfFFUPBmByYz0Qq4Y06bD3q-BGBziUeKYKOosRuQgbiYKklEwhv5SXaVyCPGPbjxey4QJCytVZnFTzMa7SKgSnv7Z8flR-Wn93ml5iRaRooNHif2Ka733gOyn5qxrxYgs/s320/OTempoeaAlma.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpXU4RNCrX7A2DylRYKnpT6Mv8AnSN0_1LOg8f10-8Z4Ff7yraK5J7JsDAgdgd7iCAxHZVtQtfqM-PxpCPL3seThPsseVZ8pSSVeypg0Lgk7Qr8D0nIccLNPukC6upt2O_WAv6/s320/InfanteDHenrique.jpg)
Ora a História é construída com base nos acontecimentos que se sabe que aconteceram e em deduções sobre outros que os podem explicar. Podem-se reinterpretar os factos e o seu fio condutor. Mas, em qualquer das circunstâncias, trabalha-se sempre no domínio do que foi possível saber que aconteceu, o que, apesar do jogo da semântica, é uma coisa muito distinta das não impossibilidades que José Hermano Saraiva frequentemente invoca.
Enfim, percebe-se porque o que José Hermano Saraiva apresenta é uma coisa distinta, com horizontes rasgados à imaginação e onde não há lugar à indiferença porque, por causa disso, a narrativa nunca poderá ser enfadonha. É o princípio que privilegia o espectáculo em detrimento do rigor, também muito em voga aqui na blogosfera, como muito bem assinala a Sofia Loureiro dos Santos a propósito do documentário sobre Salazar.
Nos dois casos dos blogues por ela mencionados (arrastão e portugal dos pequeninos), ao lado dos 180º aparentes que os separam, une-os o facto de, mais do que sustentar as causas que fundamentam a opinião daquilo que querem expressar (o que poderia resultar num enfadonho poste comprido que alguns leitores não estariam dispostos a ler), o que compensa é substituí-las por petulância, convicção e assertividade, adicionados, se possível, a algum radicalismo inovador na opinião que se expressa!...
Sem comentários:
Enviar um comentário