06 novembro 2008

MICHAEL CRICHTON

Neste blogue não sou muito dado à actividade noticiosa, muito menos à de noticiar óbitos e ainda menos à de óbitos de escritores. Isso eu costumo deixar para blogues da especialidade, que os há, respeitados e devidamente estabelecidos. Contudo o tempo passa, e a respeito da morte de Michael Crichton, aqui pela blogosfera portuguesa, naquelas paragens de referência, nem cartinha, nem postal, a haver, só mesmo um telegrama, e foi aqui.
E eu, que tenho um cantinho das minhas estantes ocupado com algumas obras do falecido Michael Crichton, que agora descubro pelas evidências, um autor menor, sinto-me catapultado para a responsabilidade de ter de o evocar. Para escrever que considero que o seu período áureo terá sido o das obras que publicou entre 1990 e 1996*. Depois disso, os seus livros cada vez mais se pareciam com pré-argumentos de futuros filmes…
Mas devo a alguns livros de Michael Crichton algumas noites em que acabei por apagar a luz já de madrugada consecutivamente arrastado pela curiosidade de saber o que se ia passar a seguir. Mais do que o estilo, Michael Crichton tinha o defeito de saber imaginar e escrever histórias que pessoas banais como eu gostavam de ler. E isso, creio, é muito mais do que a esmagadora maioria dos aspirantes a grandes autores haverão de conseguir fazer…

* Parque Jurássico, O Sol Nascente, Revelação, O Mundo Perdido e Airframe (não traduzido para português europeu).

5 comentários:

  1. Também gostava muito de Crichton. E não era um escritor menor. Menor é quem não reconhece, por pedantismo, um excelente e imaginativo contador de histórias.

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  2. Também não me havia apercebido que havia desaparecido. Tal como tu, não o considero um autor menor mesmo quando, como tu dizes, alguns livros pareciam apenas destinados a argumentos de filmes. Até eram, mas eram cheios de imaginação e interesse. Foste tu quem me fez descobrir o outro Crichton, realmente mais interessante. Fiquei com pena.

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  3. A propósito da Michael Crichton aconselho uma viagem ao blog Cadernos de Daath do escritor David Soares. E também a entrevista de Miguel Esteves Cardoso no último nº da revista LER. Á Vitória Fareeeeeennnnnnse, á Vitóriaaaa.....
    ARTUR

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  4. Qualquer destes dois postsvalem a pena ser lidos. Mas falta-me tempo e "pedalada" para tal.
    A democracia tem vingado porque quem decide na altura do voto são os pequeno e não os iluminados, isto vem propósito de autores literários ou cinematográficos.

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  5. Obrigado, Artur, pela dica do blogue e da entrevista - a do Michael Crichton...

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